Como sempre para cada peso haverá
sempre duas medidas.
Com a política de incentivo do
governo federal de promover a educação habilitando maiores acessos aos jovens às
faculdades através de financiamento do estado, um novo fenômeno surge: a inflação
educacional.
O maior vilão é o próprio FIES – Fundo de Financiamento
Estudantil criado pelo governo que permite que o estudante pague posteriormente
os seus estudos em até 3 ou 4 vezes a duração do seu período de curso. Porém, as escolas habilitadas no fundo, estão
em média, praticando um reajuste superior às faculdades que não possuem política
de financiamento junto ao governo. Ou seja, o governo promoveu a socialização e
a educação, porém agora terá que contornar, ou melhor, controlar os reajustes
abusivos dessas faculdades que estão impondo seus preços para garantir maiores
margens.
Um estudo recente divulgado pela PUC-Rio mostra que as
universidades que trabalham com o FIES reajustaram suas mensalidades em média
2,5% acima das faculdades que não adequam ao fundo. Os cursos de Medicina e
Odontologia tiveram reajuste acumulado em 4 anos de 9,3%. Os números crescem à
medida que os benefícios crescem também: em 2009, o número de beneficiados pelo
FIES era de apenas 32.781, e hoje,
chegam a meio milhão de pessoas beneficiadas!
Um grande mérito do governo que tem agora pela frente a
missão de frear a inflação e reduzir o endividamento dos próprios estudantes
que correm um sério risco de se tornarem inadimplentes após sua formação: ou
pelo fato de não conseguir se encaixar no cargo no qual se formou ou pelo fato de
não ter um salário compatível com o reajuste do financiamento que na época foi
proposto.
Vamos ficar atentos aos reajustes semestrais / anuais de faculdades,
principalmente vocês estudantes que atualmente utilizam o FIES. É hora de
criticar, acompanhar e pensar no seu futuro financeiro e profissional.
Uma
boa semana à todos!
Shirley
Cipriano
facebook.com.br/institutodeinteligenciaexecutiva
contato@institutoie.com.br
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